Hoje me veio à memória um fato ocorrido em 2017. Um almoço na casa de uns parentes.
Nós, amazonenses, gostamos muito de peixe, mas não é qualquer um, que cai no nosso agrado. Preferimos aos de escamas em detrimento aos aos lisos ( assim chamados os que não tem escamas.)
Minha mãe era uma convidada especial pois há muito não via os parentes.
Bom, conversa vai, conversa vem, foi servido o almoço. Todos assentaram-se à mesa e adivinhem o que foi servido como prato principal?
Justamente um peixe que embora fosse de escamas, não era apreciado pela convidada. O curimatá, uns chamam também de curimatã, outros de curimba, enfim…
Minha mãe olhou-me de soslaio. Eu sem entender nada pois até então não sabia do detalhe da não apreciação do peixe, fiquei na minha.
Segundo ela, já em casa, contou-me que ao ver que era o tal peixe, pensou, “vou servir pouco e comer bem rápido.” E assim fez. Ao perceber que ela já havia acabado de comer a dona da casa, minha tia, falou:
-Que bom!! Ela gostou do peixe, Janete, coloca mais peixe no prato da tua tia , minha filha!
Tadinha, com vergonha de dizer que não gostava do peixe e devido ao entusiasmo da minha tia, teve que comer novamente.